scripta
grammatica
exercitia
pensa
glossarium
lingua latina et linguae romanicae
II. CULTURA
Casas de Pompeia reabertas
Villa dos mistérios em Pompeia
III. COMENTARII
Na seção Comentários, abaixo, você deve registrar suas observações e dúvidas acerca dos assuntos discutidos neste capítulo. Suas contribuições são fundamentais para sua aprendizagem. Interaja com seus colegas e com o professor.
Salve!
ResponderExcluirConforme prometido, segue o link para o vídeo de que falei: https://www.youtube.com/watch?v=vpvQ09SLxQc.
Abraço!
Joanisval
Olá, Joanisval. Muito interessante esse vídeo. Dentre outros aspectos, ele mostra como a variação é uma característica intrínseca dos idiomas naturais. Não há apenas um português. Há vários portugueses, variando no tempo e no espaço (para não dizer também variando conforme a situação comunicativa e a classe social do falante). Ainda hoje, há mudanças em processo em nosso idioma: para > pra; você > cê; que é de > cadê; custa-me crer > eu custo a crer. Ótima contribuição. Fábio.
ExcluirOlá, Joanisval.
ExcluirNo filme “Desmundo”, de Alain Fresnot, as personagens falam em português antigo.
Veja um trecho do filme (com legenda em português moderno): https://tinyurl.com/y5exkesn
E aqui um sobre a origem latina de nossa língua:
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=KampGqJYYDA
Abraço!
Joanisval
Importante salientar que a língua portuguesa se originou do latim, mais especificamente do latim vulgar. Essa variedade do idioma latino era a falada efetivamente pelos romanos no dia a dia. Cada região do Império Romano apresentava o seu latim vulgar, a sua forma própria de usar o latim nas situações cotidianas. Essas variedades regionais do latim vulgar fizeram com que surgissem, como o passar do tempo, as diversas línguas românicas ou neolatinas em diversas parte da Europa (português, espanhol, italiano, francês, romeno, dentre outras).
ExcluirParabéns pelo blog, professor Fábio!
ResponderExcluirOs textos, os vídeos e as ilustrações são de qualidade e complementam o nosso estudo. Muitas informações além do que o método propõe. O vídeo sobre a história do Latim e as línguas neolatinas é muito interessante porque mostra a relação direta entre língua, cultura e literatura, que é intrínseca. Também esclarecedora a parte sobre as fases e variedades da língua latina. Gostei bastante! Já estou ansioso pelas próximas postagens!
Abraço!
Antônio Henrique.
No seu comentário, você menciona as variedades do latim. Basicamente, temos as variedades clássica (ou literária) e vulgar (comum). Veja o que disse o professor Peixoto da Fonseca (1985) sobre o processo de reconstituição do latim vulgar, variedade linguística predominantemente oral:
Excluir"Vou resumir algo do que escrevi acerca do assunto no meu livro O Português entre as Línguas do Mundo (Situação. História. Variedades), Coimbra, Livraria Almedina, 1985.
"O latim vulgar, língua falada pelo povo romano, é reconstituído pelas seguintes vias: 1. Cacografias das inscrições. 2. Informações dos gramáticos e doutros autores. 3. Erros ocasionais de autores cultos. 4. Textos de pessoas de escassa cultura. 5. Alguns glossários. 6. Análise das línguas românicas.
"A existência e influência do latim vulgar são atestados pelos escritores romanos, p. ex., Cícero, que lhe dão os nomes de sermo plebeius, etc.; pelos gramáticos quando combatem os solecismos, exemplificando-os; pelos dramaturgos quando pretendem produzir efeito cómico fazendo que as suas personagens falem a língua vulgar; esta forma de latim é ainda comprovada pelas cacografias das inscrições, isto é, pelos erros de escrita devidos à cultura inferior dos canteiros."
Fonte: https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/o-latim-vulgar/5183
Olá, Antônio. Fico feliz por você estar gostando de nosso ambiente de aprendizagem. Você, assim como os demais alunos, a cada vez que aqui participam por meio de comentários, estão tornando o blog mais rico em informações.
ResponderExcluirOlá, amigos. Alguns colegas estão me perguntando sobre a pronúncia de algumas palavras do capítulo 1. Na hiperligação abaixo, estão disponíveis as pronúncias de todas as palavras do livro 1 (capítulos 1 a 12). Basta clicar no símbolo de áudio, localizado ao lado da palavra:
ResponderExcluirhttps://www.clc.cambridgescp.com/sites/www.cambridgescp.com/files/legacy_root_files/singles/ukdic1/index.html
Bons estudos!
EXCELENTE! Estava com dúvida acerca da pronúncia... Obrigado!
ExcluirJoanisval
Infelizmente não pude participar da primeira aula, mas já estou vendo o material e realizando os exercícios. O blog está ótimo professor!
ResponderExcluirÓtimo, Stefanie. Veja o material didático enviado. Leia e releia as frases e o texto relacionados ao capítulo 1. Registre aqui suas impressões sobre os personagens apresentados nesta unidade. Explore ao máximo os recursos disponibilizados pelo blog. Dessa forma, a sua experiência de imersão na cultura e na língua da Roma Antiga será mais completa.
ExcluirDICA I
ResponderExcluirPresente do indicativo ativo de "sum, esse = ser, estar":
1s = sum → sou, estou
2s = es → és, estás
3s = est → é, está
1p = sumus → somos, estamos
2p = estis → sois, estais
3p = sunt → são, estão
Atenção! O verbo "sum, esse" pode também ser traduzido como "existir, haver".
Professor, fiquei encantada com o vídeo e o material como um todo. Obrigada pela sua dedicação.
ResponderExcluirO que me chamou mais atenção no vídeo foram os nomes dos prédios como a basilica, o foro triangolare e o sacellum larum pubblicorum (Em pesquisa, vi que se tratava de um templo para uma espécie de divindade que poderia proteger ou prejudicar as famílias romanas https://pt.wikipedia.org/wiki/Lares). Encontrei até a origem do nome Marcelo... Macellum eram os mercados de provisões "internos" que se diferenciam das feiras ao ar livre. Excelente material!
Olá, Sarah.
ExcluirDestaco do seu comentário a menção ao "sacellum larum publicorum" (ver imagem: https://tinyurl.com/y54lj76a), um templo no qual se cultuavam os deuses lares de Pompeia. Os deuses lares eram divindades que protegiam as famílias, mas também as cidades, dentre outros seres, lugares, etc. Em nossa história, miniaturas representando os lares da família de Cecílio (os espíritos dos seus antepassados; ver imagem: https://tinyurl.com/y6ctbeyv) poderiam ser encontradas no larário (altar onde se cultuavam esses espíritos; ver imagem: https://tinyurl.com/y4ncorom) localizado no átrio.
No filme Gladiador, o personagem Maximus aparece numa cena prestando culto aos seus deuses lares (antepassados). Veja a cena: https://tinyurl.com/yxpdprxe
Ótima contribuição.
Eu fiz login, mas meu usuário apareceu como Unknown. Enfim, Sarah aqui!
ResponderExcluirTudo bem, Sarah. Na próxima vez, basta você colocar o seu nome no final do seu comentário.
ExcluirDICA II
ResponderExcluirFrases úteis:
Salvete, discipuli. = Olá, alunos.
Salve, magister. = Olá, professor.
Ut valetis? = Como vocês estão?
Bene sum. = Estou bem.
Male sum. = Estou mal.
Novistisne lectiones? = Vocês estudaram as lições?
Suntne dubitationes? = Há dúvidas?
Intellexistisne? = Vocês entenderam?
Ita, magister. = Sim, professor.
Minime, magister. = Não, professor.
Gratias tibi ago. = Obrigado.
Nihil est. = De nada.
Ah, estava procurando por essa lista. Já vou anotar para fazer mais uso dessas expressões. Obrigada, professor, por todas as explicações e paciência.
ExcluirOlá, Kenia.
ExcluirEu retirei essas expressões da seguinte lista:
https://drive.google.com/file/d/1hdQn8Ap6GUlVF_aLqS__28_qr6T2pKfc/view?pli=1
Bons estudos!
Olá, o blog está muito interessante, os vídeos e as gravuras estão bem legais. Esse curso é importante para estudantes de graduação, que é o meu caso, pois sei que a cultura ocidental recebeu muita influência do latim e do grego.
ResponderExcluirMeu nome é Karleane.
ExcluirOlá, Karleane.
ExcluirVeja o que disse o professor Peixoto da Fonseca (Ciberdúvidas da Língua Portuguesa) acerca da influência do latim e do grego no idioma português:
“O grego influenciou o latim culto, mais ou menos como hoje em dia o inglês (e antes o francês) tem influenciado o português, ou seja, em especial no vocabulário. O grego era uma língua possuidora de notável literatura, e assim os escritores latinos foram buscar-lhe sobretudo numerosos vocábulos, designadamente de cariz filosófico. Ainda hoje a ciência internacional vai fabricando termos, como telefone, telegrafia, eletrão [= elétron], etc., por meio de elementos gregos, sobretudo prefixos e substantivos.
“O latim, além de ser a língua de que provém o português, na sua gramática e em cerca de 80% do vocabulário, foi a língua a que, sobretudo no Renascimento, os humanistas foram buscar termos novos, a maioria dos quais ainda se mantém; muitos de origem grega tinham entrado no latim, como disse, desde o tempo em que esta língua era viva, ou seja, quando ainda não se tinha fragmentado nas diferentes línguas românicas.”
Fonte: https://tinyurl.com/y3yxqslp
DICA III
ResponderExcluirFrases úteis:
Ubi est? = Onde está?
Quis est? = Quem é? Quem está?
Quid est? = O que é? O que há?
Est magister. = É o professor.
Est discipulus. = É o aluno.
Date mihi aures. = Prestem atenção.
In pictura videmus... = Vemos na imagem...
Sententiam lege. = Lê a frase.
Sententiam legite. = Leiam a frase.
Recte dicis. = Tu falas corretamente.
Recte dicitis. = Vocês falam corretamente.
Responsum rectum. = Resposta correta.
Responsum pravum. = Resposta incorreta.
Congratulationes. = Parabéns.
Eu achei que esse bixim de teste de língua era tipo o duolinguo mas n é muito flexível com as possibilidades de resposta tipo get in e enters msm coisa bdbddnfkfn
ResponderExcluirOlá, Bianca.
ExcluirVocê teve dificuldade em responder as questões?
Está havendo entendimento das frases e do texto?
O conteúdo gramatical está claro?
Se houver alguma dúvida, por favor, registre em nosso fórum.
Bons estudos!
Boa noite a todos.
ResponderExcluirÉ sempre interessante ver - rever a história de Pompeia.
Contudo, às vezes, assusta-me a ideia que foi graças a ação destrutiva da lava do Vesúvio que fez com que a cidade toda ficasse congelada no tempo, proporcionando à atualidade uma
visão privilegiada de como era a vida no século I d.C.
Olá, Daniel.
ExcluirO fato de Pompeia ter "parado no tempo" nos proporciona uma visão privilegiada da vida cotidiana no Império Romano.
Além disso, no campo linguístico, há vários textos espalhados por toda a cidade, registrando diversas facetas do pensamento dos habitantes de Pompeia.
Veja estas pichações: "Otiosis locus hic non est. Discede, morator. = Aqui não há lugar para desocupados. Vai embora, vagabundo."; “Talia te falant utinam mendacia, caupo. Tu vedes aquam et bibes ipse merum. = Tomara que tais mentiras te enganem, taberneiro: vendes água e tu mesmo bebes vinho puro.”
Chamou-me atenção uma coisa: Gromio não deve ser romano. Os nomes romanos, em regra, têm a terminação "us" para homens, não? Por exemplo, Julius, Claudius, Petrus, Flavius... Faz algum sentido essa minha observação? Obrigado!
ResponderExcluirJoanisval
Olá, Joanisval.
ExcluirNa Roma Antiga, a nomeação de homens e mulheres era diferenciada.
Os homens normalmente recebiam três nomes (“tria nomina”): “praenomen” (prenome = nome próprio), “nomen” (nome = nome da família, geralmente terminado em “-ius”) e “cognomen” (sobrenome, usado por todos os membros da família; era um desdobramento do “nomen”).
Já as mulheres recebiam apenas o “nomen” (nome familiar).
Vejamos um exemplo em família (o nome completo de Cícero e de sua filha, Túlia):
. Marcus (“praenomen”) Tullius (“nomen”) Cicero (“cognomen”);
. Tullia (“nomen”).
Muito provavelmente o nome “Grumio” não se refere a um romano, mas a um estrangeiro escravizado.
Professor Fábio Damasceno,
ResponderExcluirBom dia.
Na realização do Exercício I, fiquei em dúvida sobre o nome latino para o português "loja". Consultando os quadros da "casa" e da "insula" que o Senhor nos enviou, concluí que a palavra "loja", em português, tem seu correspondente latino "tenda".
Pergunto: O Senhor pode brindar-nos com um comentário sobre o termo latino "tenda" e seu equivalente português "loja".
Agradeço-lhe a atenção.
Valdísio Vieira da Silva.
Olá, Valdísio.
ExcluirA palavra "loja" (em português) pode ser traduzida como "taberna" (em latim).
A palavra latina "taberna" tem vários significados em português, dentre eles os seguintes: "loja" (como já mencionado), "taberna, loja de comes e bebes", "albergue, local onde se alojam viajantes".
A palavra "tienda" é o equivalente em espanhol a "loja" (PT) e a "taberna" (LT).
Espero que tenha ficado claro.
Bons estudos!
DICA IV
ResponderExcluirEstruturas gramaticais vistas no capítulo 1:
. NOMINATIVO [= sujeito] + est + predicativo
Exemplo: Caecilius est pater;
. NOMINATIVO [= sujeito] + est + locução preposicionada
Exemplo: Caecilius est in tablino;
. NOMINATIVO [= sujeito] + locução preposicionada + VERBO
Exemplo: Pater in tablino scribit.
Salve, magister!
ResponderExcluirGostei muito da didática desse método, consegui fazer os exercícios facilmente após a leitura do capítulo. Muito bom!
Adorei as dicas também!
ExcluirÓtimo, Hilda.
ExcluirO segredo é, diariamente, estudar o material didático e compartilhar neste espaço suas dúvidas e observações. Mãos à obra!
Boa noite, professor Fábio.
ResponderExcluirMaravilhosos tanto o material didático da University of Cambridge, como os complementos cuidadosamente disponibilizados neste Blog.
Algumas questões me chamaram a atenção:
1) o uso de minúsculas (exceto os nomes próprios) no início das frases do livro-texto online;
2) o uso exclusivo de maiúsculas nas inscrições romanas antigas (por exemplo no vídeo da reconstituição de Pompéia disponível no Blog);
3) o uso do sinal ( ¯ ) acima de algumas vogais no livro-texto online (mas ausente em outras fontes disponibilizadas no Blog).
Parabéns pelo conjunto da obra (conteúdo - método - pedagogia - didática - incentivo - etc)!!!
Márcio N.
Olá, Márcio.
ExcluirVamos aos pontos por você destacados:
a) uso de minúsculas no início das frases
Conforme explicação de nosso colega Antônio em nosso último encontro, tal prática ocorre porque, originalmente, os textos latinos assim eram registrados. Algumas editoras, como a da Universidade de Cambridge, procuram seguir essa padronização.
b) uso de maiúsculas nas inscrições romanas
As inscrições romanas públicas (monumentos, decretos oficiais, edifícios públicos, tumbas funerárias) eram registradas apenas com letras maiúsculas, em virtude, dentre outros motivos, da clareza e da possibilidade de serem entendidas à distância. Os textos de cunho pessoal (cartas, tábuas execratórias, dentre outras) eram registrados com letra cursiva.
c) uso do mácron (_)
Nos textos originais latinos, não se usa o mácron. Esse sinal serve para indicar que a vogal é longa (dois tempos). Na transformação do latim vulgar nas línguas neolatinas, as vogais longas passaram a representar o timbre fechado. Nosso método, com o uso do mácron, indica o timbre fechado da vogal.
Ótima contribuição.
Boa noite, colegas (PARTE I).
ResponderExcluirCostumo utilizar o Grande Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa em meu cotidiano e, ao perlustrar as locuções apresentadas naquele léxico formadas a partir do verbete "latim", dei-me conta dum universo de diversos "latins", alguns dos quais compartilho abaixo a título de simples curiosidade.
Até amanhã.
Márcio N.
latim arcaico
o latim escrito, desde os primeiros documentos conhecidos (sVII a.C. até fins do sII a.C., quando se inicia o latim clássico)
latim bárbaro
o latim escrito a partir do sIV d.C., atributivamente por influência da presença dos chamados bárbaros no Império Romano, o qual vai desembocar no, e correr paralelamente ao, latim cartorial
latim cartorial
o latim escrito que subsiste durante a baixa Idade Média, ao lado do latim bárbaro, e que era utilizado para fins contratuais e de registro de propriedades e relações civis, já na vigência das diversas línguas românicas, cujas formas se entremostram nos alatinamentos notoriais
latim castrense
o que era falado pelos soldados romanos (sobretudo entre os sII e IV d.C. e nas províncias conquistadas)
latim científico
o dos clérigos e cultos do fim da Idade Média, us. para fins científicos, no qual são empregados progressivamente, sem distinção, elementos gregos e de outras línguas sob formas alatinadas, para conseguir abranger os referentes do mundo objetivo e subjetivo que iam sendo explorados pelo conhecimento, processo que culmina nos usos das universidades europeias e outras até princípios do sXX, perdurando no uso internacional da classificação e diagnose científicas; neolatim
latim clássico
latim literário que se segue ao arcaico (sII a.C.), até o sI d.C., documentado pela obra dos grandes escritores romanos e latinos, na prosa e na poesia, na dramaturgia e na filosofia, na oratória parlamentar e na áulica, na história etc.
latim cristão
o dos padres da Igreja, que se distingue do baixo-latim pela temática religiosa
latim decadente
o literário pós-clássico, em cujos textos começam a surgir influências aloglóticas
latim eclesiástico
aquele que, desde o advento do cristianismo em Roma e de sua oficialização, começou a expandir-se como língua oficial da Igreja católica para seus fins universalistas, inclusive canônicos, litúrgicos, eclesiais; tem, em geral, forma literária, mas foi e tem sido objeto de práticas orais, inclusive conventuais, monásticas etc.; latim da Igreja
latim epigráfico
o que se documenta através de materiais resistentes (pedra, argila, metal etc.) e que, por isso, fixa indelevelmente o estado da língua ao tempo
latim escolástico
o latim falado e escrito da Idade Média universitária e cultivada, que tinha aspectos conexos com o latim científico, com o eclesiástico e com o literário em geral
Olá, Márcio.
ExcluirPara mim o latim epigráfico é uma das melhores fontes para entrar em contato com o sentimento mais íntimo do cidadão comum do Império Romano.
Veja estas inscrições encontradas nos muros de Pompeia:
I.
Marcellus Praenestinam amat, et non curatur.
#
Marcelo ama Prenestina, mas não é correspondido.
II.
Quisquis amat ualeat, pereat qui nescit amare.
#
Esteja bem aquele que ama; morra aquele que não sabe amar.
Boa noite, colegas (PARTE II).
ResponderExcluirCostumo utilizar o Grande Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa em meu cotidiano e, ao perlustrar as locuções apresentadas naquele léxico formadas a partir do verbete "latim", dei-me conta dum universo de diversos "latins", alguns dos quais compartilho abaixo a título de simples curiosidade.
Até amanhã.
Márcio N.
latim falado
aquele que é documentado indiretamente em obras de gramáticos, pelas correções, e nas peças teatrais, pelos discursos diretos dos personagens, com o que se tem uma aproximação da realidade falada cf. latim popular
latim hipotético
o de formas lexicais, sintáticas, morfológicas ou mesmo estilísticas que se presume haverem existido, em geral oralmente, e com as quais, por indução e dedução, se explicam as correspondentes modernas, em geral românicas [Tais formas supositícias são sempre indicadas com um asterisco, que as precede.]
latim imperial
o latim clássico, escrito, correspondente ao final do latim dito republicano e que se estende pelo período de vigência do Império Romano (sI d.C. a IV-V d.C.) [Caracteriza-se por mudanças nas rígidas normas do latim clássico, devidas à crescente influência do latim falado.]
latim literário
o que, de modo geral, se documenta por escrito, podendo, por conseguinte, ser acompanhado de conotação limitativa do tipo lat.lit. arcaico, lat.lit. cartorial, lat.lit. clássico, lat.lit. decadente etc.
latim litúrgico
latim característico das liturgias das Igrejas anglicana e católica
latim medieval
o escrito (mas tb. refletindo a fala românica) durante a Idade Média, sem outras especificações (correspondendo, assim, ao latim bárbaro, ao cartorial, a parte do científico, ao eclesiástico e ao escolástico); médio latim
latim popular
o falado ao longo da história da língua, desde as origens até o advento das línguas românicas, podendo, assim, ser presumido como latim popular arcaico, bárbaro, cartorial, clássico, imperial, medieval, pós-clássico, republicano ou tardio; é o latim vulgar, na medida em que este não é tomado restritivamente
latim pós-clássico
o latim literário que, de certo modo, se confunde com o latim imperial e com o decadente a partir dos sII-III d.C.
latim republicano
o que antecede o latim imperial e que, como tal, é escrito e clássico (sII ao I a.C.)
latim tardio
1 o latim us. no sVI pelos primeiros padres da Igreja e, por outros autores, do sIII ao VI, inclusive
2 m.q. baixo-latim
latim vulgar
1 m.q. latim popular
1.1 o latim popular na sua feição pré-românica
Olá, Márcio.
ExcluirDentre as várias acepções da palavra "latim" no dicionário Houaiss, destaco o registro "latim medieval".
Como exemplo desse tipo de latim, temos os "Carmina Burana", textos que foram registrados principalmente em latim medieval, mas também em alemão antigo e francês antigo.
Como exemplo, podemos citar o texto "In taberna quando sumus" (musicado por Carl Orff). Veja: https://tinyurl.com/y5e3wsvn (com legendas em latim e tradução em espanhol).
Salvete, amici.
ResponderExcluirGostaria de compartilhar um trechinho de uma leitura que fiz hoje, para os que tem curiosidade sobre as influência do direito romano do medievo à primeira modernidade europeia.
"A Antiguidade, especialmente os seus séculos finais, foi marcada pela força do Império Romano, cuja constituição foi decisiva para delinear os rumos das organizações políticas européias. A herança romana da organização do que atualmente se conhece como direito público é larga, principalmente porque esse modelo foi adaptado pelas nascentes monarquias nacionais européias do Medievo; assim, as instituições políticas romanas, como o Senatus, o praetor, os decuriones e os comissia, serviram de inspiração para que a maioria dos reinos europeus desenvolvesse as suas instituições de direito público.
Entre os muitos elementos do direito público romano norteadores da formação de um direito público interno está a noção é de imperium, discutida no Medievo a partir de da definição de Ulpiano no Digesto (2.1.3): “Imperium aut merum aut mixtum est. Merum est imperium habere gladii potestatem ad animadvertendum facinorosos homines, quod etiam potestas appellatur. Mixtum est imperium, cui etiam iurisdictio inest, quod in danda bonorum possessione consistit”." Fonte: Uma Introdução à História do Direito Comum - Do Medievo à Idade Moderna, Gustavo César Machado Cabral.
Sarah.
Bom dia, professor.
ResponderExcluirO Lema "Ad astra et ultra", da Escola de Especialistas da Aeronáutica, seria "Para as Estrelas e Além"?
Salve, care Nicolas.
ExcluirPraeceptum "Ad astra et ultra" significat Lusitanice "Em direção aos astros e além".
Praepositio "ad" requirit accusativum, nam indicat motum ("astra", accusativum plurale).
Vocabulum "ultra" est adverbium; non est vocabulum variabile.
Vale.
Comentário acima por Nícolas.
ResponderExcluirBonam noctem, amici. Bona noctem, Fabius!
ResponderExcluirObservei que as expressões "Bonum diem", "Bonum vesperum" e "Bona noctem" são usadas no acusativo. Isso se deve à elipse do verbo "ter"? Podemos entender como "Tenha um bom dia, uma boa tarde, uma boa noite!"?
Salve, care discipule / cara discipula.
ExcluirQuis es?
Quod nomen tibi est?
Recte respondisti.
Ecce:
"Bonum diem (habeas/habeatis)!"
"Bonum vesperum (habeas/habeatis)!"
"Bonam noctem (habeas/habeatis)!"
Vale.
Salvete, cari discipuli.
ResponderExcluirTaeniam visificam videte:
https://www.instagram.com/p/CrOU3khKucI/
Est domus Vettii in urbe Pompeiis.
Valete.
Magister Fabius.
Viviane Silveira Machado - 6 de janeiro de 2024 às 05:11
ResponderExcluirAula excelente!!
Olá, Viviane. Eu também gostei muito da motivação e do interesse dos alunos. Tenho certeza de que haverá uma interação enriquecedora entre todos nós durante o curso.
ExcluirSalvete, amici:
ResponderExcluirCerberus est canis infernalis. Cerberus tria capita habet.
Picturam videte:
https://www.reddit.com/media?url=https%3A%2F%2Fi.redd.it%2F4a85bavk5m461.jpg
Valete.
#
Olá, amigos.
Cérbero é um cão do mundo inferior. Cérbero tem três cabeças.
Vejam esta imagem:
https://www.reddit.com/media?url=https%3A%2F%2Fi.redd.it%2F4a85bavk5m461.jpg
Um abraço.
Salve, carissime magister.
ExcluirHic Cerberus terribilis est!
Beatitudo tibi.
Martius Normannus
Gratias tibi ago, care Marti. (cachinnans...)
ExcluirBom dia! aula excelente no sábado. Fiquei com algumas dúvidas. Antes do curso, eu havia tido contato apenas com o latim eclesiástico e peguei algumas dicas com amigos. Uma delas é a questão do ditongo "ae", que fui apresentado com a pronúncia apenas do "e". Na aula percebi que o senhor pronunciou ambas as vogais. Qual seria a forma correta? Outra é a questão da ordem dos termos da frase, havia aprendido que não importava a ordem dos termos para a compreensão, corrija-me se estiver errado. Outra coisa que percebi é que não houveram frases com artigo, isso é uma regra ou mais pra frente aparecerá o artigo de alguma maneira? E se não, como identificar o gênero do sujeito? Agradeço demais :-)
ResponderExcluirOlá, Luca.
ExcluirI.
Como destaquei no sábado, as principais pronúncias latinas são estas: reconstituída (ou clássica), eclesiástica (ou à italiana) e tradicional (ou à portuguesa).
Na verdade, não existe “a” pronúncia correta. O que posso dizer é que, no meio universitário e entre os latinistas, predomina a pronúncia clássica. Por isso, ela foi escolhida para o nosso curso. Nela, o ditongo “ae” é pronunciado, basicamente, como “ai”.
II.
Com relação à ordem dos termos na frase, conforme o Cambridge Latin Course (CLC), o verbo de ligação aparece mais frequentemente (mas não exclusivamente, ok?) no meio da frase; o verbo de ação, por sua vez, localiza-se mais usualmente (não exclusivamente!) no final da frase.
Muitas vezes, por exemplo, a antecipação de termos produz um efeito de ênfase. Veja:
Caecilius in tablino scribit. → Cecílio está escrevendo no escritório.
In tablino scribit Caecilius. → No escritório, Cecílio escreve.
Observe que o conteúdo semântico de ambas as frases é basicamente o mesmo. O que muda nas traduções acima é a ênfase dada aos termos do período. O deslocamento do termo “in tablino” para o início da frase indica que o autor do texto quis salientar esse segmento textual.
III.
Em latim, não há artigo. O gênero dos substantivos, por exemplo, será aprendido à medida que você for tendo contato com as palavras nos textos. Ademais, muitas vezes, o adjetivo relacionado ao substantivo é uma boa pista para a identificação do gênero da palavra. Mais adiante, em nosso curso, veremos esse tópico.
Se não estiver claro, por gentileza, pergunte-me novamente.
Bons estudos!
Show, professor. Agora ficou muito claro! Obrigado!
ExcluirOptime, care Luca!
ExcluirProfessor, boa noite. Em um dos "pensum" o senhor cita a palavra "cubiculo". Pesquisando, verifiquei que se trata de uma pequena acomodação com uma cama, geralmente encontrada no andar de cima das casas romanas. Qual a finalidade deste tipo de aposento?
ResponderExcluirSalve, George.
ExcluirCubiculum est conclave ad dormiendum.
Hanc imaginem vide:
https://en.wikipedia.org/wiki/Cubiculum#/media/File:Dormitori_(Cubiculum),_Pompeia_50-40_a.C..jpg
Vale.
#
Olá, George.
Cubiculum é um espaço para dormir.
Veja esta imagem:
https://en.wikipedia.org/wiki/Cubiculum#/media/File:Dormitori_(Cubiculum),_Pompeia_50-40_a.C..jpg
Um abraço.
Magistério, boa tarde! Aulas muito boas . Grazie!!!
ExcluirGratias tibi ago, Desirée.
ExcluirGratis tibi ago, magister.
ExcluirSalve, Magister.
ResponderExcluirAtividades realizadas
Optime! Gratulor tibi! Sed... quis es? Quod nomen tibi est?
Excluir# Ótimo! Parabéns! Mas... quem é você? Qual o seu nome?
Sou Gracilene, magister.
ExcluirSalve, Gracilene! Hic tuum nomen semper scribe, quaeso. Bona studia habeas!
Excluir#
Olá, Gracilene! Por gentileza, sempre escreva na postagem o seu nome. Bons estudos!
Olá professor. Vendo agora as aulas e os exercícios que o senhor enviou por email. Obrigada
ResponderExcluirAve, Viviane. Suntne dubitationes?
ExcluirProfessor, estou com dificuldade de compreender o exercício de casa pensum D. Olhei no PDF mas lá não tem a numeração completa da vila. Ou então eu não compreendi.. :(
ResponderExcluirSalve, Viviane. Vide picturas:
Excluirhttps://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/64/Domusitalica.svg
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/10/Domus_romana.png
Muito obrigada pela paciência e pela ajuda.
ExcluirNihil est, cara Viviane.
ExcluirDeu certo professor . Obrigada; :)
ResponderExcluirOptime, Viviane!
ExcluirDICA
ResponderExcluirO caminho natural para a assimilação do latim passa
pela leitura diária dos capítulos;
pela resolução dos exercícios;
pela audição dos material sonoro;
pela motivação (e paciência) em aprender um novo idioma.
Obrigada pela preciosa dica.
ResponderExcluirNihil est, carissima discipula.
ExcluirMagister salve! Excelente aula desse sábado, 13. Pena que em determinado momento, não pude mais acompanhar, porque faltou a internet aqui na Taiba e só retornando muito tempo depois.
ResponderExcluirOlá, você pode me dizer o seu nome? É para confirmar a sua presença.
ExcluirProfessor, hoje estive na aula e não recebi minha frequência. Cheguei por volta de 8e30. E no fim da aula digitei meu nome e falei, mas você saiu sem ler ou ouvir acredito. Aluno: Francisco Tiel Morais da Rocha. Por gentileza, me informe se deu certo, pois nem no e-mail me responde.
ResponderExcluirOlá, Tiel. Registrei sua presença, ok?
ExcluirSalve, magister. Em alguns vídeos, o autor pronuncia Caecilius como "Tchaetchilius" e não "Kaekilius". Essa seria a pronúncio eclesiástica?
ResponderExcluirOlá, George.
ExcluirEis as pronúncias:
a) clássica ou reconstituída ou restaurada
"Kaekilius"
b) eclesiástica ou italiana
"Tchaetchilius"
Bons estudos!
Salvete, amici.
ResponderExcluirPeristylium (vel peristylum) Pompeiorum videte:
https://archive.org/details/ArteEHistoriaDePompeyaSGiuntoliCASAEDITRICEBONECHI1989YOtroMaterialSobrePompeya/page/n93/mode/1up
Valete!
Salvete, amici.
ResponderExcluirAtrium Pompeiorum videte:
https://archive.org/details/ArteEHistoriaDePompeyaSGiuntoliCASAEDITRICEBONECHI1989YOtroMaterialSobrePompeya/page/n104/mode/1up
Valete!
Salvete, amici.
ResponderExcluirTesselatum opus "Cave canem" in urbe Pompeiis videte:
https://archive.org/details/ArteEHistoriaDePompeyaSGiuntoliCASAEDITRICEBONECHI1989YOtroMaterialSobrePompeya/page/n116/mode/1up
Valete!
Salvete, amici.
ResponderExcluirDomum Romanam in urbe Pompeiis videte:
a) pars prior
https://archive.org/details/ArteEHistoriaDePompeyaSGiuntoliCASAEDITRICEBONECHI1989YOtroMaterialSobrePompeya/page/n151/mode/1up
b) pars altera
https://archive.org/details/ArteEHistoriaDePompeyaSGiuntoliCASAEDITRICEBONECHI1989YOtroMaterialSobrePompeya/page/n152/mode/1up
Valete!
Salvete, amici.
ResponderExcluirEcce provinciae Romanae Traiano regnante:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1a/Roman_provinces_trajan.svg
Valete!
Salvete, discipuli.
ResponderExcluirEstne Cerberus in triclinio?
https://www.instagram.com/p/C2eeDGPrXV_/
Valete!
Fiquei susprpresa por ser levada a pesquisar acerca de Cérberus e descobrir que não se trata de um inocente cãozinho, mas de um feroz cão de três cabeças que Hércules teve que dominar, como um dos seus doze tra alhos. Os textos são meticulosamente pensados. Até parece que Machado esteve lá...Amei!!!
ExcluirOlá!
ExcluirSem perceber, o aluno vai internalizando tanto informações linguísticas (gramática, léxico) quanto culturais (literatura, mitologia, história, etc.).
Ao lado da leitura dos textos, o estudante deve resolver os exercícios e as tarefas de casa para, pela prática, internalizar as regras gramaticais.
Bons estudos!
OBS: qual o seu nome?
olá Magister. As explicações em aula são maravilhosas. Não há dúvidas.
ResponderExcluirSalve!
ExcluirGratias tibi ago.
Nomen tuum non scripsisti.
Quis es? Quod nomen tibi est?
Vale!
Salve!
ResponderExcluirMagister, desde o primeiro dia de aula fiquei com a nítida impressão de que o Alemão teve forte influência do Latim.
Essa influência existe? Está documentada? Como posso saber mais sobre isso?
Grande abraço.
Alexandre Bruno
Olá, Alexandre.
ExcluirApesar de o alemão não ser uma língua românica/neolatina, pode-se perceber a influência do latim nesse idioma tanto no plano gramatical, quanto no âmbito lexical.
No plano gramatical, "[...] a gramática alemã foi, de certa maneira, reformulada ao sabor do latim, com a introdução, por exemplo, do tempo futuro formado pela combinação do verbo werden com o infinitivo do verbo principal (ich werde reisen, eu vou viajar). Até então, usavam-se verbos no presente para indicar ações no futuro [...]".
No âmbito lexical, o latim foi responsável por empréstimos na campo da vida militar, no campo do comércio, meios de transporte, profissões, no campo da administração, do direito, etc.
Esses são apenas alguns aspectos relacionados à influência latina no alemão.
Se você conhecer outros traços latinos no idioma alemão, traga-os a este espaço de discussão.
Bons estudos!
Fonte:
https://pt.babbel.com/pt/magazine/a-historia-da-lingua-alema
http://www.filologia.org.br/vicnlf/anais/caderno02-01.html
Obrigado!
ExcluirNihil est, Petre.
ExcluirMagister, percebemos que o Latim deixou marcas em vários idiomas em decorrência da expansão do império.
ResponderExcluirÉ verdade, Gracilene.
ExcluirO latim representa mais de 80% dos vocábulos do português, castelhano, catalão, galego, francês, italiano, romeno e quase 60% do vocabulário do inglês, além de ter influenciado sobremaneira o alemão.
Não é pouca coisa...
Bons estudos!